segunda-feira, 28 de março de 2011

Energia Hidráulica



Energia Hidroeléctrica é a energia que se produz em barragens construídas em cursos de água (exemplo, a barragem do Alqueva). Essa energia vem da evaporação da água, pelo calor do Sol, que sobe com o vento, forma nuvens e precipita no alto das montanhas na forma de chuvas, essas chuvas formam os rios que são represados, a água desses rios gira em turbinas que produzem energia eléctrica. É encontrada sob a forma de energia cinética, sob diferenças de temperatura ou gradientes de salinidade e que pode ser aproveitada e utilizada. Uma vez que a água é aproximadamente 800 vezes mais densa que o ar, requer um lento fluxo corrente de água, ou ondas de mar moderadas, que podem produzir uma quantidade considerável de energia.
A energia das ondas também vem do Sol, a diferença de pressão gerada pelo aquecimento desigual do solo faz com que o ar se desloque das regiões de alta pressão para as de baixa pressão, gerando correntes de vento. Quando essas correntes estão no mar, elas batem na água gerando ondas, que podem ser aproveitadas na geração de energia elétrica.

Energia renovável



A energia renovável é a energia que vem de recursos naturais como sol, vento, chuva, marés e calor, que são renováveis (naturalmente reabastecidos). Em 2008, cerca de 19% do consumo mundial de energia final veio de fontes renováveis, com 13% provenientes da tradicional biomassa, que é usada principalmente para aquecimento, e 3,2% a partir da  Novas energias renováveis (pequenas hidrelétricas, biomassa, eólica, solar, geotérmica e biocombustíveis) representaram outros 2,7% e este percentual está crescendo muito rapidamente. A percentagem das energias renováveis na geração de eletricidade é de cerca de 18%, com 15% da eletricidade global vindo de hidrelétricas e 3% de novas energias renováveis.
A energia do sol é convertida de várias formas para formatos conhecidos, como a biomassa (fotossíntese), a energia hidráulica (evaporação), a eólica (ventos) e a fotovoltaica, que contêm imensa quantidade de energia, e que são capazes de se regenerar por meios naturais.
A geração de energia eólica está crescendo à taxa de 30% ao ano, com uma capacidade instalada a nível mundial de 157,9 mil megawatts (MW) em 2009,e é amplamente utilizada na Europa, Ásia e nos Estados Unidos. No final de 2009, as instalações fotovoltaicas  em todo o globo ultrapassaram 21.000 MW e centrais fotovoltaicas são populares na Alemanha e na Espanha. Centrais de energia térmica solar operam nos Estados Unidos e Espanha, sendo a maior destas a usina de energia solar do Deserto de Mojave, com capacidade de 354 MW. O maior instalação de energia geotérmica do mundo é The Geysers, na Califórnia, com uma capacidade nominal de 750 MW. O Brasil tem um dos maiores programas de energia renovável no mundo, envolvendo a produção de álcool combustível a partir da cana de açúcar, e atualmente o etanol representa 18% dos combustíveis automotivos do país. O etanol combustível também é amplamente disponível nos Estados Unidos.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Biodiversidade Marinha



A vida surgiu no mar há cerca de 3,5 bilhões de anos e no mar encontramos ainda hoje as formas de vida mais diversificadas e inusitadas. Desde as bactérias às baleias, raros são os grandes grupos de organismos que não têm algum representante marinho. Dentre os animais, por exemplo, dos 33 filos (grandes grupos) reconhecidos, 15 são exclusivamente marinhos, como os equinodermas - grupo das estrelas-do-mar-; 5 são predominantemente marinhos, como o grupo das esponjas ou dos corais e anêmonas; 9 têm boa representatividade no mar; e 3 têm raras espécies marinhas. Em contraste, apenas 11 dos filos são majoritariamente terrestres, sendo apenas um exclusivo.
Em ambientes marinhos, que por serem de acesso mais difícil que os terrestres possuem vastas regiões ainda inexploradas, as surpresas com novas espécies são grandes. No ano de 1900, por exemplo, foram encontrados ao largo da Indonésia alguns animais de águas profundas que não se encaixavam em nenhuma forma zoológica até então conhecida e foi preciso criar um novo filo para abrigar esses organismos: os pogonóforos (veja foto abaixo).
Em 1938, colectou-se acidentalmente nas águas do Oceano Índico, ao largo da África do Sul, o que alguns consideraram o achado zoológico do século: o Celacanto, uma espécie de peixe que se pensava extinto desde a época dos dinossauros, um verdadeiro fóssil vivo.
E ainda mais recentemente, em 1977, ao vasculhar o assoalho submarino, foram descobertos não apenas novos organismos, mas um ecossistema inteiro com características quase alienígenas, vivendo em escuridão quase total (só não podemos dizer total porque vez ou outra faísca uma luz tênue dos animais bioluminescentes), pressão de centenas de atmosferas, vulcanismo intenso, ambiente saturado de compostos de enxofre, jatos d'água sob pressão a 400 graus Celsius circundada por águas geladas. E habitando esses estranhos ambientes das fumarolas submarinas ou fontes hidrotermais, existem estranhíssimos animais sem boca, sem intestino, sem ânus e que, no entanto, podem atingir até 1,5 metro de comprimento, como os pogonóforos vestimentíferos.
E mais impressionante ainda: esse ecossistema funciona independentemente da luz solar. É que, diferentemente do que ocorre em terra firme e na parte iluminada do mar, onde a base da produção biológica está na fotossíntese dos organismos clorofilados, nesses locais profundos, a vida está na dependência direta de certas bactérias que realizam a quimiossíntese, ou seja, são capazes de utilizar os compostos de enxofre de onde obtêm energia e matéria para a síntese biológica e a subsequente manutenção do ecossistema.
Estudos recentes têm revelado evidências de que essas fumarolas submarinas são muito mais frequentes do que se pensava, inclusive no Atlântico Sul, dando asas à imaginação de que talvez se possa encontrar outros fósseis vivos ou formas de vida organizadas em modelos ainda desconhecidos pela ciência.